Pessoal & Directo & Digital: Célia Simões

Célia Simões - Country Manager da adSalsa

Biografia

Célia Simões é especialista em marketing de performance e geração de leads. Representa a adSalsa, em PT e BR, onde lidera estratégias orientadas por dados que conectam marcas a públicos altamente segmentados.

Com experiência internacional e visão estratégica, destaca-se pela capacidade de transformar dados em oportunidades reais e acelerar resultados através de campanhas multicanal eficazes e personalizadas.

Ocupa o cargo de Presidente do Conselho Fiscal na AMD.

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1. Qual foi a sua motivação para trabalhar na área?

A formação em Jornalismo ensinou-me a escutar com atenção, a procurar o que está por detrás das palavras e a contar histórias com verdade e impacto. Sempre acreditei que as boas histórias têm o poder de transformar — de informar, de emocionar, de mobilizar. Quando descobri o marketing, percebi que podia continuar a contar histórias, mas agora com um propósito adicional: criar ligações entre marcas e pessoas, entre ideias e ações.

O marketing surgiu como uma extensão natural da minha curiosidade pelo comportamento humano e da minha vontade de comunicar com significado. É uma área onde a criatividade encontra a estratégia, onde os dados se cruzam com a intuição, e onde cada campanha é uma oportunidade de gerar valor real. O que me motiva todos os dias é exatamente isso: a possibilidade de tocar vidas, de inspirar escolhas e de construir pontes entre o que as marcas são e o que as pessoas procuram.

No fundo, continuo a fazer o que sempre amei — contar histórias. Mas agora, com a força de uma visão estratégica por trás e o desafio constante de inovar num mundo em constante mudança.

2. Qual considera ser o maior desafio actual para o marketing direto e digital?

Vivemos numa era de excesso — de informação, de estímulos, de canais. A atenção tornou-se um bem escasso e precioso. O maior desafio do marketing direto e digital hoje é conseguir ser ouvido sem gritar, ser relevante sem invadir, ser próximo sem ser intrusivo. É encontrar o equilíbrio entre personalização e privacidade, entre automação e autenticidade. E, acima de tudo, é construir relações de confiança num mundo onde o consumidor está mais exigente, mais informado e mais seletivo do que nunca.

3. Qual foi o projecto/campanha em que participou de que mais se orgulha até hoje?

Houve uma campanha de fidelização que desenvolvemos para uma marca de retalho que me marcou profundamente. Apostámos numa abordagem hiperpersonalizada, baseada em dados reais de comportamento e preferências dos clientes. O objetivo era simples: fazer com que cada cliente se sentisse único. E conseguimos. Os resultados superaram todas as expectativas — não apenas em métricas de engagement, mas sobretudo no feedback emocional que recebemos. Foi um daqueles projetos em que sentimos que o marketing cumpriu o seu papel mais nobre: criar valor para as pessoas e para a marca, de forma genuína.

4. De que forma a tecnologia tem transformado a sua função/trabalho?

A tecnologia revolucionou a forma como pensamos, planeamos e executamos marketing. Hoje, temos acesso a ferramentas que nos permitem testar hipóteses em tempo real, medir resultados com precisão e ajustar estratégias com agilidade. Mas mais do que isso, a tecnologia democratizou o acesso à criatividade e ao conhecimento. Permitiu-nos ser mais ousados, mais rápidos e mais eficazes. No entanto, continua a ser apenas um meio — o verdadeiro motor continua a ser a ideia, a intenção e o impacto que queremos gerar.

5. Que tendência em marketing lhe parece mais promissora nos próximos anos?

Acredito profundamente no poder do marketing conversacional e da personalização em tempo real. As marcas que conseguirem criar diálogos autênticos, relevantes e oportunos com os seus públicos vão destacar-se num mercado cada vez mais saturado. A inteligência artificial, os chatbots e as plataformas de automação estão a abrir caminho para experiências mais fluidas, mais humanas e mais memoráveis. No fundo, trata-se de voltar ao essencial: ouvir, compreender e responder com empatia.

6. Qual a competência mais importante que um profissional de marketing deve desenvolver para o futuro?

A capacidade analítica será, sem dúvida, um dos pilares do marketing do futuro. Mas mais do que saber ler dados, é preciso saber interpretá-los com sensibilidade e visão estratégica. A tecnologia vai continuar a evoluir, mas o verdadeiro diferencial estará em quem souber fazer as perguntas certas, extrair insights relevantes e transformá-los em ações com impacto. A inteligência emocional, a curiosidade constante e a capacidade de adaptação serão igualmente cruciais num cenário em constante mutação.

7. Que aplicação ou software é indispensável no seu dia-a-dia (pessoal ou profissional)?

WhatsApp. Pode parecer simples, mas é a minha ponte constante entre mundos. É por onde acompanho a familia, envio ideias rápidas para colegas e partilho momentos com amigos que estão longe. Numa vida que se desenrola entre diferentes geografias, reuniões e jantares em família, esta aplicação é o fio invisível que mantém tudo unido. É comunicação, afeto e agilidade — tudo num só lugar.

8. Que livro marcou a sua forma de ver o marketing (ou a vida)?

“This is Marketing”, de Seth Godin, foi um verdadeiro ponto de viragem. Não apenas pela forma como desmistifica o marketing, mas sobretudo pela sua visão profundamente humana e ética. Godin lembra-nos que marketing não é sobre manipular, mas sobre servir. Não é sobre empurrar produtos, mas sobre criar mudança. Esse livro reforçou em mim a convicção de que o marketing pode — e deve — ser uma força positiva no mundo.

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